Era tao familiar e ao mesmo tempo tao distante... aquela sensaçao de liberdade adentrava e me enaltecia...
Eu ali, na cidade gelada e bela, uma estrangeira ìntima de todas as ruas e dos cheiros oriundos das barracas do Mercado Jean- Talon, das praças dos bairros longìnquos, das esquinas de Verdun...
Uma estrangeira de mim mesma. Andar por esse lugar sozinha e fragmentada, sozinha e inteira, mas faltando um pedaço... como explicar? Seria perfeito essa nova vida impregnada de esperanças e planos e sonhos...
Eu andava, vento na cara, cabelos ao vento, vento levando tudo e trazendo o cheiro mais precioso, o da minha casa. A casa da minha alma. Sera que ja estive aqui antes?
Amigos queridos, amores escondidos, o que me esperava em cada canto? E eu? sonhando acordada despertava... onde esta? Falta ela... A minha vida de outrora. Sou mae! Me dou conta num segundo de extase!
Onde esta ela? A minha pequena dàdiva? Sem ela nada vale, tudo perde, nada ecoa...
Sem ela sou solteira de corpo e alma, como se ja fui casada? casada com a maternidade. Parece um conto de fadas pela metade... a historia nao se completa... esse é um sentimento...
me justificar seria redundante: "a gente cria os filhos para o mundo" E eu que ainda estou criando a minha cria?Faço como?
Me refugio no vento, ele fala comigo: "sossega, Karina... existe o tempo de tudo."
é tempo de voltar pegar minha menina pela mao, olhar bem nos seus olhinhos e dizer: " Filha, eu estou aqui!"
terça-feira, 19 de junho de 2012
segunda-feira, 18 de junho de 2012
velha infancia
Meus queridos,
esses dias andando em SSA city, ouvi um som que ha muito nao ouvia... uma buzina bem afinada e sonora do que outrora fora para mim um motivo de alegria nas minhas tardes de menina:
a buzina do pipoqueiro Pipo! ( carinhosamente apelidado pelos moradores avidos de pipoca da mitica Rubem Berta).
Que alegria! Eu do outro lado da rua, gritei: "Pipo!" Tudo bom? ele respondeu: "Tudo e voce? ta morando mais aqui nao?" "Nao! To em Patamares!" aquele sorriso mutuo, e a minha cara de boba alegre por saber que ele esta bem e ainda trabalha com o carrinho dos meus sonhos! juntava todas as moedas pra esperar ele passar! passei meses me utilizando do porquinho para satisfazer a minha gulodice!
As pessoas olhavam curiosas pra gente e se espantavam com aquele dialogo no meio do nada! No meio da rua!
Fiquei pensando na simplicidade das coisas boas e puras. Lembrei de quando bastava somente a pipoca do Pipo pra eu ser plenamente feliz!
Ah, a nossa velha infancia... tempo que nao volta mas que insisto em trazer dentro de mim.
esses dias andando em SSA city, ouvi um som que ha muito nao ouvia... uma buzina bem afinada e sonora do que outrora fora para mim um motivo de alegria nas minhas tardes de menina:
a buzina do pipoqueiro Pipo! ( carinhosamente apelidado pelos moradores avidos de pipoca da mitica Rubem Berta).
Que alegria! Eu do outro lado da rua, gritei: "Pipo!" Tudo bom? ele respondeu: "Tudo e voce? ta morando mais aqui nao?" "Nao! To em Patamares!" aquele sorriso mutuo, e a minha cara de boba alegre por saber que ele esta bem e ainda trabalha com o carrinho dos meus sonhos! juntava todas as moedas pra esperar ele passar! passei meses me utilizando do porquinho para satisfazer a minha gulodice!
As pessoas olhavam curiosas pra gente e se espantavam com aquele dialogo no meio do nada! No meio da rua!
Fiquei pensando na simplicidade das coisas boas e puras. Lembrei de quando bastava somente a pipoca do Pipo pra eu ser plenamente feliz!
Ah, a nossa velha infancia... tempo que nao volta mas que insisto em trazer dentro de mim.
Assinar:
Postagens (Atom)