Deixa eu sangrar

Deixe a luz acesa


O ar ficou mais puro

Onde houve beleza

Ficou dito tudo...

Ficou dito tudo



Flores, frases feitas

O meu mundo é outro lugar

Só uma certeza

Faça este dia acordar

A vida se dar

Reafirmar o que vimos juntos



E te ter aqui



Deixa eu sangrar ao menos

Deixa eu chorar então

Deixa eu sangrar ao menos

Deixa eu perder a ilusão

Deixa eu sangrar ao menos

Deixa eu chorar então

Restam a noite, os ventos

E as coisas como são



O teu melhor vestido

Hoje nada mais vai servir

Fique aqui comigo

Abra os olhos, venha assistir

O mundo girar

Ver passar cada segundo



E te deixar ir

Ser ou nao ser...

Quando as pessoas dizem:" Eu tenho um nome a zelar!" Elas querem dizer que estao zelando por elas mesmas?
Ela quem? A pessoa? O ser? O ser humano? Ou o ego? A pessoa feita da casca? Da aparencia? Do conjunto de atitudes? Da reprensentaçao daquele ser?
O que serà a verdadeira essencia? E se a tirarmos do contexto? Do seu paìs? da sua terra? do seu ambiente de trabalho? de perto da sua familia? Dos seus amigos mais proximos?
O que restarà? O que de fato sobra?
O que esta pessoa traz consigo? Que especie de bagagem porta? Qual a verdadeira sabedoria?
Serà que um advogado (sem poder advogar) saberia fazer um Clown no meio da rua pra ganhar uns trocados?
Serà que um medico (sem poder exercer a medicina) suportaria lavar pratos pra sobreviver?
Serà que acharia humilhante? Terrivel? Serà que uma atriz de talento conseguiria lavar banheiros sem chorar depois de um dia de trabalho?
E o nome a zelar?
O nome. O nosso nome. Somos nòs? Quem somos nòs verdadeiramente quando estamos fora da nossa Patria? Quando nao podemos ser aquele? Aquele ser que construimos com tanto sacrificio?
Podemos reconstui-lo? Desconstrui-lo?
Por que nos sentimos sem chao quando nao sabemos quem podemos ser?
Por que eu sei quem sou. Mas o que posso ser quando nao posso fazer o que sei?
Tudo que aprendi, que estudei, que sei fazer e como fazer?
O fazer esta relacionado com o ser?
Eu nao faço entao nao sou?
Eu sou e por isso faço acontecer?
E quando se esta nas trevas da ilusao, sem poder se mexer, por simplesmente nao saber pra onde ir?
Por simplesmente se deixar levar? Sem rumo, esperando...
Uma espera sem fim. Correndo pra ficar parada?
Parece absurdo.
Mas aconteceu comigo!
E o meu nome?
Karina Allatta: Atriz, figurinista, maquiadora, Professora de Indumentaria e Maquiagem.
Na minha terra eu me deixei... Essa aì de cima.
Em Salvador, ela existe ainda.
Todos a conhecem.
E aqui na Italia? Quem sou eu?
Eu sou uma estrangeira. E o que fazer com esse novo status?
Essa nova identidade?
Ainda sou eu mesma?
Serà que eu, meu nome ainda tem  o mesmo significado?
Aqui meu nome significa "Aquela que amamenta" Allatta.
Engraçado que um amigo disse assim: "Que nome nutriente!"
E Karina (carina) quer dizer: "Bonita"
"A bela que amamenta, que nutre."
Entao penso que este è o nome que eu devo zelar!
Eu posso me nutrir e nutrir os outros!
De alegria, fé, esperança, perseverança, criatividade, amor, sinceridade, amizade, e tantas outras coisas que por hora deixo a cargo de voces enumerarem! rsrsrs
Por que assim, me dou a oportunidade de deixar reticencias... Pra esse (ser aqui) em construçao!

Viagem...

Suspederam a viagem


Fui parar em outro trem

Que beleza de paisagem!

Fomos rumo a Belém

Agora que é tempo

Colher fruta madura no vento

Pequi não sai do meu pensamento

Bacia cheia de manga bourbon

Nasce um sol, nasce uma noite

E uma menina também vem

Que beleza de paisagem!

É minha filha e passa bem

Agora é tarde, não dá para adiar a viagem

Giu ja tem doze anos de idade

Não quero merecer outro lugar

Volto, quem sabe, um dia

Porque os trilhos já tiraram do chão

Olho as tardes, vivo a vida

Nada é em vão

Volto, quem sabe, um dia

Porque os trilhos já tiraram do chão

Olho as tardes, vivo a vida

Nada é em vão

Adaptaçao livre de Viagem- Vanessa da Mata

Non mi pento di niente!

Para as minhas queridas amigas!

Nao me arrependo de nada,

da mulher que sou.

Me acontece as vezes de observar em outras mulheres,

a mulher que poderia ser...

Mulheres garbosas, exemplos de virtude...

Laboriosas bravas mulheres...

como minha mae gostaria que eu fosse.

Nao sei por que passei a vida toda a me rebelar contra elas...

Odeio as suas ameaças ao meu corpo...

A culpa que suas vidas impecaveis, por algum maleficio, me inspira...

Me revolto contra o pranto noturno em cima do travesseiro,

contra a vergonha de sua nudez, embaixo da roupa intima

passada e engomada.

Todavia essas mulheres me olham do fundo de seus espelhos

Alçando um dedo acusador...

Me olham severamente por que nao me encaixo

no molde perfeito dos seus sonhos...

Por que ouso ser aquela louca incerta

Terna e vulneravel

que se enamora como uma puta triste

de causas justas e homens belos

e de palavras divertidas...

Por que adulta ousei viver a infancia proibida

Ousei gozar do corpo sao e sinuoso

 cujos genes herdei dos meus antepassados

Nao responsabilizo ninguem, até agradeço as mulheres

Nao me arrependo de nada!

Como disse Edith Piaf.

Mas nos poços escuros nos quais mergulho ao amanhecer

Apenas abro os olhos, sinto as lagrimas que me oprimem

A despeito da felicidade que conquistei

Rompendo capas e extratos de rocha ternaria e quaternaria

Vejo as mulheres que estao em mim...

sentadas nos vestibulos

Que me olham com olhos dolentes

e me sinto culpada pela minha felicidade...

Absurdas meninas me circundam e dançam

musicas infantis de encontro a mim

De encontro a essa mulher plena

de seio rigido e quadris largos

que por minha mae e contra ela, eu gosto de ser.

Nao me arrependo de nada!


http://www.youtube.com/watch?v=8IMA_UibtIw

aparências (Poema de Karina Rabinovitz)

Futucando o Blog Sussurros, (da minha amiga de nome rsrsr) encontrei esse poema que achei muito interessante:



nada é mesmo

o que parece ser.

- o mar -

de longe: azul

de perto: verde

por dentro: transparente.

aparências:

na superfície, tudo é diferente

do que realmente é.


o segredo pra não julgar?

- em vez de olhar o mar de longe,

mergulhar!

Minha pequena Flor

Minha pequena Flor è pequena e grande ao mesmo tempo! Na verdade, ela è enorme! Ela brinca, ela canta, ela sobe no tecido, conta historias, salta de la, salta de ca, diz palavras dificeis, sorri alto e gostoso, me chama de "KariKari!" e de"Dindadinda"! Quando a peguei no colo pela primeira vez, era um trisco de gente, mas ja com olhos espertos para o mundo! Em seu batizado na Chapada Diamantina, experimentei uma sensaçao de comprometimento e amor profundo por esse ser a quem me foi confiado orientar e cuidar e zelar por sua caminhada espiritual. Me sinto privilegiada de ser sua madrinha e sou grata aos seus pais(Manjula e Xande) pela confiança e intereza de almas! Meus compadres queridos, foram voces que me deram esse presente lindo que è Florzinha! Eu, a madrinha do elemento Terra, sigo com minha promessa de cuidar e amar essa criança abençoada e  tao querida por todos nòs!
Minha pequena grande Flor!

Daniel...

Meu amigo Daniel... meu querido, meu cumplice, meu irmao, meu amor! Quantas aventuras, quantos segredos compartilhados, quanta vontade de viver a vida com tudo que ela nos traz! Quantos anos, uns oito? rsrsr
Oito anos de amizade! Vivemos casamentos, separaçoes, dificeis percalços mas sempre dando força um ao outro, mesmo que as vezes tenhamos discordado, mesmo que distante e sem nos falar, mas em pensamento sempre unidos. Como o amor dos amigos que mesmo anos sem se ver, retomam a conversa da véspera!
Com toda a alegria e tambem com lagrimas, construimos o nosso caminho buscando a nossa essencia.
Da derrradeira vez que nos vimos, voce me disse: " Kaka, estou a procura de um coraçao!" lembra?
"Estou me sentindo livre pra amar de novo!" E agora acredito que conseguiu encontrar esse coraçao! Estou muito feliz por voce! E aproveito esse momento pra celebrar junto com voces o fruto desse encontro de coraçoes! FELICIDADES! Pra Julia que apesar de nao conhecer pessoalmente, ja sinto um carinho grande, pra minha querida Wandeca, Mari, Maira, Marina, Seu Lula rsrsrs e pra voce, meu querido!
E pra esse pequenino que esta por vir e que vai alegrar os nossos coraçoes!
A vida è uma caixinha de surpresas!

Esperança...

" Eu estou cansada de ter medo todo o tempo! Acordo no meio da noite pensando: sua idiota! voce è a mulher mais burra do mundo! Comprou uma casa pra uma vida que voce nem tem!

-Por que comprou entao?

" Por que tenho mil sonhos... Eu quero uma casamento nessa casa e quero uma familia nessa casa!"

-Senhora, entre a Italia e a Austria hà uma parte dos Alpes chamada Semelin, è uma regiao nas montanhas, muito ingrime e alta. Assentaram trilhos nessa regiao para ligar Viena e Veneza, assentaram os trilhos antes mesmo que houvesse o trem pra percorrer o trajeto. Construiram por que sabiam que um dia, o trem chegaria."

 Trecho do filme: Sob o sol da Toscana

Who's gonna ride your wild horses?

Um amigo querido me mandou essa musica hoje...


Quem vai montar seus cavalos selvagens?


Você é perigosa porque é honesta

Você é perigosa porque não sabe o que quer

Bem, você deixou meu coração

Vazio como um terreno baldio

Para qualquer espírito assombrar

Você é um acidente

Esperando para acontecer

Você é um caco de vidro

Jogado na praia

Bem, você me diz coisas

Que eu sei que você não deveria

Então você me deixa

Fora de alcance

Quem vai montar seus cavalos selvagens?

Quem vai se afogar em seu mar azul?

Quem vai montar seus cavalos selvagens?

Quem vai cair aos teus pés?

Bem, você roubou

Porque eu precisei de dinheiro

E você matou

Porque eu quis vingança

Bem, você mentiu para mim

Porque eu te pedi

Amor .....ainda podemos ser amigos?

Quem vai montar seus cavalos selvagens?

Quem vai se afogar em seu mar azul?

Quem vai montar seus cavalos selvagens?

Quem vai cair aos teus pés?

O mais fundo eu giro

O caçador pecará..... por sua pele de marfim

Percorreu a chuva imunda

Até um lugar onde o vento chama seu nome

Debaixo das árvores o rio rindo

De você e de mim...

Aleluia, a rosa branca do paraíso

As portas que você abre

Eu não posso fechar

Não se vire

Não se vire de novo

Não vire

Seu coração cigano

Não se vire de novo

Não se vire

Não olhe para trás de novo

Não se vire

Não olhe para trás

Vai agora amor,

Não olhe pra trás.

Quem vai montar seus cavalos selvagens?

Quem vai se afogar em seu mar azul?

Quem vai provar seus beijos de água salgada?

Quem vai tomar meu lugar?

Quem vai montar seus cavalos selvagens?

Quem poderia domesticar um coração no chão?

( Who's gonna ride your wild horses? U-2)

Deixe-me ir...

Deixe-me ir, preciso andar

vou por aí a procurar

rir pra não chorar

quero assistir

ao sol nascer

ver as àguas

dos rios correr

ouvir os pássaros cantar

eu quero nascer,

quero viver

deixe-me ir preciso andar

vou por aí a procurar

rir pra não chorar

se alguém

por mim perguntar

diga que eu

só vou voltar

quando eu me encontrar

quero assistir

ao sol nascer

ver as águas

do rio correr

ouvir os pássaros cantar

eu quero nascer,

quero viver

deixe-me ir,

preciso andar

vou por aí a procurar

rir pra não chorar

(Preciso me encontrar- Marisa Monte)

A Fènix ou (Phoenix)

O poeta persa sufista Farid al-Din Attar, no livro A Conferência dos Pássaros, de 1177, descreve a fênix:


"Na Índia vive um pássaro que é único: a encantadora fênix tem um bico extraordinariamente longo e muito duro, perfurado com uma centena de orifícios, como uma flauta. Não tem fêmea, vive isolada e seu reinado é absoluto. Cada abertura em seu bico produz um som diferente, e cada um desses sons revela um segredo particular, sutil e profundo. Quando ela faz ouvir essas notas plangentes, os pássaros e os peixes agitam-se, as bestas mais ferozes entram em êxtase; depois todos silenciam. Foi desse canto que um sábio aprendeu a ciência da música. A fênix vive cerca de mil anos e conhece de antemão a hora de sua morte. Quando ela sente aproximar-se o momento de retirar o seu coração do mundo, e todos os indícios lhe confirmam que deve partir, constrói uma pira reunindo ao redor de sí lenha e folhas de palmeira. Em meio a essas folhas entoa tristes melodias, e cada nota lamentosa que emite é uma evidência de sua alma imaculada. Enquanto canta, a amarga dor da morte penetra seu íntimo e ela treme como uma folha. Todos os pássaros e animais são atraídos por seu canto, que soa agora como as trombetas do Último Dia; todos aproximam-se para assistir o espetáculo de sua morte, e, por seu exemplo, cada um deles determina-se a deixar o mundo para trás e resigna-se a morrer. De fato, nesse dia um grande número de animais morre com o coração ensanguentado diante da fênix, por causa da tristeza de que a veem presa. É um dia extraordinário: alguns soluçam em simpatia, outros perdem os sentidos, outros ainda morrem ao ouvir seu lamento apaixonado. Quando lhe resta apenas um sopro de vida, a fênix bate suas asas e agita suas plumas, e deste movimento produz-se um fogo que transforma seu estado. Este fogo espalha-se rapidamente para folhagens e madeira, que ardem agradavelmente. Breve, madeira e pássaro tornam-se brasas vivas, e então cinzas. Porém, quando a pira foi consumida e a última centelha se extingue, uma pequena fênix desperta do leito de cinzas.

Aconteceu alguma vez a alguém deste mundo renascer depois da morte? Mesmo que te fosse concedida uma vida tão longa quanto a da fênix, terias de morrer quando a medida de tua vida fosse preenchida. A fênix permaneceu por mil anos completamente só, no lamento e na dor, sem companheira nem progenitora. Não contraiu laços com ninguém neste mundo, nenhuma criança alegrou sua idade e, ao final de sua vida, quando teve de deixar de existir, lançou suas cinzas ao vento, a fim de que saibas que ninguém pode escapar à morte, não importa que astúcia empregue. Em todo o mundo não há ninguém que não morra. Sabe, pelo milagre da fênix, que ninguém tem abrigo contra a morte. Ainda que a morte seja dura e tirânica, é preciso conviver com ela, e embora muitas provações caiam sobre nós, a morte permanece a mais dura prova que o Caminho nos exigirá".

Os caminhos tortuosos que levam para o lugar certo

Quem ja nao passou por situaçoes desagradaveis, ou tristes ou atè mesmo impossiveis de acreditar?
A gente pensa: "Meu Deus, isto esta mesmo acontecendo comigo?"
"Por que teve que ser assim?" Ou: " Por que tenho que passar por isso?"
Trata-se de pensar e futucar a fundo quais foram as verdadeiras razoes pra que tal situaçao se apresentasse.
E isso significa: tomar a responsabilidade tambem pra si!
E essa é a parte mais dificil!O outro sempre è apontado como a "causa" (por que è mais facil julgar os outros do que a nòs mesmos) e nem sempre conseguimos enxergar que tudo tem causa e efeito e que relaçoes e situaçoes nao acontecem isoladamente, com a participaçao de um so...
Na minha caminhada, tenho tentado refletir sobre isso...
Por que coisas ruins acontecem quando a gente menos espera e por que nos pega de surpresa e nos derrubam?
Serà que andamos tao inconscientes assim? Soterrados pelos problemas do dia a dia?
Serà que passamos tempo demais preocupados com  contas a pagar, o conserto do carro, as provas da Universidade, as notas baixas do filho, o aluguel, a roupa nova pra festa...
Ou serà que no meio da tempestade, olhamos pra baixo e pensamos somente em nos proteger e esquecemos do outro?
Aquele outro que esta sentindo coisas e vivendo processos iguais aos nossos? ( ou diferentes...)
Claro que esse isolamento as vezes, è involuntario ou seja, nao nos damos conta.
E a falta de dialogo, a falta dessa consciencia pode levar a resultados catastròficos, como os de uma tempestade...
Ja passei por muitas tempestades, voces sabem...
Mas a cada vez que seco as minhas roupas, seco tambem algumas crenças antigas tais como: " A culpa foi de tal pessoa, eu nao tive nada a ver com isso, eu estava na minha, bem, tranquila... ai, de repente Crash! Boom! Bang!"
Serà?
Eu estava tranquila mesmo? Eu estava sendo eu mesma, na minha mais pura essencia? Eu estava consciente?
E na maioria das vezes, meus amigos... Eu nao tava nao!
E ai, a casa cai!
Sem querer justificar açoes malevolas que acontecem no mundo, o mal existe sim.
Mas trazendo pro lado sentimental, das relaçoes humanas...
As vezes è preciso que a casa caia, pra gente sair na chuva  e se molhar e olhar pro outro tambem na chuva, todo molhado, encharcado, arrasado, acabado...
E chorar junto com a chuva e desaguar toda a tristeza e se olhar verdadeiramente e se perdoar por nao ser perfeito e por errar e por ser apenas humano.(o que pode ser grandioso, algumas vezes...)
Somos humanos. (ponto) Estamos nas estradas da vida pra aprender sempre.
Nao sei nem se algum dia estarei pronta! Nem sei se terei algo a ensinar (espero que sim)
Mas existem caminhos tortuosos que levam para o lugar certo, que serà o certo atè outro caminho tortuoso cruzar o seu caminho!
Uma amiga querida me mandou um texto que dizia. " devemos agradecer aos espinhos tambem." "Eles nos fazem dar valor as rosas"
Bom, eu agradeço aos espinhos hoje.
E sinceramente espero que amanha esteja rodeada de rosas belas (com seus belos espinhos!)

Minha amiga Cal

Queridas amigas, voces sabem que amo todas voces! Mas hoje escrevo sobre minha amiga Cal. Ela foi uma das primeiras amigas que fiz quando me mudei pra Rubem Berta ( mìtica rua da Pituba, cheia de "personagens" famosos! rsrsr). Quando a vi, ela era uma menininha com trancinhas no cabelo e muito curiosa e esperta! Brincavamos de eslastico: eu, ela, Alaneide e Nena (sua irmanzinha). Cal sempre quis saber das coisas... apesar de um pouco timida, sempre me escutava com atençao e emitia suas opinioes de "gente grande"! Passava  uma paz e uma tranquilidade... tem os olhos de ressaca da Capitu... grandes e obliquos.
Tanto que o apelido dela uma epoca era "soneca" e tambem"tranciola" por causa das trancinhas que fazia ainda grande! Sua mae a chama de " minha Cal" poxa tia, da pra dividir? tipo: "nossa Cal?" rsrsrs
Por que Clarissa è uma mulher que todas as amigas querem por perto: serena, alegre, conselheira e acolhedora... Hoje tem um pedacinho dela e de Marola (seu companheiro) e meu grande amigo que se chama Maria Clara, "clara como a luz da lua..." Brilhante como a luz do sol... minha fofucha... fruto de um lindo amor!
Claro que fiz coisas interessantes com voce, minha amiga querida! Deixe de ciumes bobo! rsrsrs
Eu te amo, viu?

Luara(sentadinha),Bia, Maria Clara, Marola, tia Clara e  Clarissa

Seu Zè

Seu Zé:
figura mitologica da Escola de Teatro da Ufba. Cheio de energia, chegava junto, era pau pra toda obra, sempre solicito com os professores, funcionarios e alunos. Sabia de tudo! rsrrs
Tudo mesmo!
Foi o funcionario homenageado na minha Formatura de 2003.2. Tenho o video onde todos os formandos correram pra abraça-lo e ele, tao pequenino que era, sumiu entre todos nòs...
Recebeu as flores com lagrimas nos olhos e a humildade que ja lhe era particular...
Sempre perguntava por Giu assim: "Cade a minha fa(n)?" rsrsr " Olhe, nao bata nela, nao... deixe de castigo, mas nao bata... deixa ela escolher o que quer ser da vida..." rsrs
 e eu dizia." Pode deixar seu Zé, ela vai escolher sim..."
" manda lembrança pra menina!"
Oh, meu querido voce deixarà saudades, viu?
Muitas mesmo...
Que Deus te guie pra um lugar de luz e descanso...
Fique em paz.

Primavera

A Primavera chega de mansinho, meio sem avisar e nos arrebata! As plantas, as flores começam a perfumar toda a cidade... as arvores antes com seus galhos secos de repente ficam verdinhas, num piscar de olhos nos enchem de esperança... Renascemos juntos com a natureza, o sol mais quentinho, o vento mais càlido, o céu mais azul... que bençao poder sentir a força das estaçoes, sua força vital e a influencia em todos nòs...
As pessoas estao mais sorridentes, mais coloridas, começam aos poucos a sair das tocas, começam a sair de si mesmas para o mundo... para a vida mais uma vez, renovadas.
Agradeço por ter a oportunidade nesse momento de poder observar o mundo... girando sem parar e eu girando junto com ele...
Agradeço a oportunidade de renascer mais uma vez...
" Vou voltar na Primavera, que era tudo que eu queria, levo terra nova daqui!"

Arvore em frente a casa...

Tempo Rei

                                                                              

Não me iludo


Tudo permanecerá do jeito

Que tem sido

Transcorrendo, transformando

Tempo e espaço navegando todos os sentidos

Pães de Açúcar, Corcovados

Fustigados pela chuva e pelo eterno vento

Água mole, pedra dura

Tanto bate que não restará nem pensamento

Tempo rei, ó tempo rei, ó tempo rei

Transformai as velhas formas do viver

Ensinai-me, ó Pai, o que eu ainda não não sei

Mãe Senhora do Perpétuo socorrei

Pensamento, mesmo fundamento singular

Do ser humano, de um momento para o outro

Poderá não mais fundar nem gregos nem baianos

Mães zelosas, pais corujas

Vejam como as águas de repente ficam sujas

Não se iludam, não me iludo

Tudo agora mesmo pode estar por um segundo

Tempo rei, ó tempo rei, ó tempo rei

Transformai as velhas formas do viver

Ensinai-me, ó Pai, o que eu ainda não sei

Mãe Senhora do Perpétuo socorrei