terça-feira, 19 de junho de 2012

Era tao familiar e ao mesmo tempo tao distante... aquela sensaçao de liberdade adentrava e me enaltecia...
Eu ali, na cidade gelada e bela, uma estrangeira ìntima de todas as ruas e dos cheiros oriundos das barracas do Mercado  Jean- Talon, das praças dos bairros longìnquos, das esquinas de Verdun...
Uma estrangeira de mim mesma. Andar por esse lugar sozinha e  fragmentada, sozinha e inteira, mas faltando um pedaço... como explicar? Seria perfeito essa nova vida impregnada de esperanças e planos e sonhos...
Eu andava, vento na cara, cabelos ao vento, vento levando tudo e trazendo  o cheiro mais precioso, o da minha casa. A casa da minha alma. Sera que ja estive aqui antes?
Amigos queridos, amores escondidos, o que me esperava em cada canto? E eu? sonhando acordada despertava... onde esta? Falta ela... A minha vida de outrora. Sou mae! Me dou conta num segundo de extase!
Onde esta ela? A minha pequena dàdiva? Sem ela nada vale, tudo perde, nada ecoa...
Sem ela sou solteira de corpo e alma, como se ja fui casada? casada com a maternidade. Parece um conto de fadas pela metade... a historia nao se completa... esse é um sentimento...
me justificar seria redundante: "a gente cria os filhos para o mundo"  E eu que ainda estou criando a minha cria?Faço como?
Me refugio no vento, ele fala comigo: "sossega, Karina... existe  o tempo de tudo."
é tempo de voltar pegar minha menina pela mao, olhar bem nos seus olhinhos e dizer: " Filha, eu estou aqui!"

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